Em 1497, no seguimento da Santa Inquisição espanhola, os judeus portugueses, tal como os restantes judeus da Península Ibérica, foram forçados a converter-se ao cristianismo ou a abandonarem o seu país. A presença judaica, no entanto, manteve-se constante em Portugal entre os cristãos-novos, mas as tradições judaicas tiveram de ser mantidas em segredo até ao final do século XIX. Em 1902, o terreno onde a sinagoga se ergue atualmente foi doado ao Comité Israelita de Lisboa, e a sinagoga foi inaugurada em 1904.
No século XIX, a lei portuguesa proibia os templos religiosos não-católicos de estarem voltados para a rua e, por isso, a fachada da sinagoga encontra-se por detrás de portões fechados e protegidos e dá para um pátio. O nome da sinagoga é Shaaré Tikvá, o que significa «Portões da Esperança». Para além de ser um símbolo do renascimento religioso judaico em Lisboa, a sinagoga também serviu de asilo para muitos refugiados judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
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Na sua opinião, qual é o papel que as sinagogas têm na comunidade?